Neste ano fiz um curso com Bel Mandalas e me encantei com essa arte-terapia. Pra mim fazer as mandalas tem sido um exercício para recuperar o centramento, além de ser uma forma de me permitir ousar e, também, um exercício de confiança e entrega e vou explicar o porquê aproveitando pra expor aqui algumas das mandalas que fiz.
Atualmente tenho enfrentado um desafio junto com minha filha que é o momento de “adaptação” à escola. As aulas na nova escola começaram em fevereiro e até hoje essa preciosa criança chora na hora de deixar a mãe e ficar nesse novo ambiente, tem dia que fica 30 minutos chorando depois de eu já ter saído, tem dia que chora só 5 minutos, tem dia que se prega em mim que é difícil desgrudá-la, as vezes vai com as professoras, às vezes só se alguém ajudar segurando (!!!). Já conversei algumas vezes na escola e troco muitas informações com a professora, que eu já conhecia e adoro, e estamos todos atentos e mobilizados para facilitar a superação desse desafio, mas confesso que precisei muito do apoio de muitas pessoas e que esses exercícios para reconquistar o centramento estão sendo maravilhosos. Isso porque, como escolhi estar bem presente na vida de meus filhos, acabo tendo que exercitar a paciência, a conversa, os sentimentos e tudo mais dessa forma que é mais intensa. Cheguei ao meu limite muitas vezes e de diversas formas. E, nesse momento em específico, eu encontrei as mandalas e elas têm sido uma bênção pra mim.
Quando estou abalada, minha cabeça fica bem confusa e acabo não conseguindo nem organizar os pensamentos para agir, o que é um problema, pois, como também escolhi um trabalho que depende principalmente de mim, tenho que me automotivar para conseguir guiá-lo e realizá-lo. Então, nesses momentos de confusão mental pego uma mandala e começo a trabalhar nela. Se está no começo vou pensando como quero o centro, que energia preciso internamente para dar força ao restante.
Para começar a mandala, faço, primeiro 2 centros, chamados “Olhos de Deus”, que são iguais à “Cruz de Brigidh”, que eu já conhecia. E ao fazê-los temos que estar atentas ao formato e à pressão usada, pois durante toda a construção da mandala as linhas giram em torno do centro e vão pressionando ele. Então percebo que durante toda a mandala essa energia de centramento e de foco é trabalhada.
Depois de feito o centro, uno as cruzes e, nesse trabalho de união e apoio mútuo posso escolher novas cores para fortalecer a energia que escolhi para o centro ou já começar a me relacionar com a energia da ousadia. No início também exercitava, nesse momento, a energia da paciência, porque as mandalas escorregavam e eu acabava tendo que desmanchar várias vezes pra uni-las de forma harmônica e aceitável. :))
O contato com a ousadia surge de repente, porque é fácil pra mim usar as cores que eu já sei que combinam, mas o que tem acontecido muito é que outras linhas nos chamam e aí a ousadia acontece. Além da ousadia que acontece com as cores, há, também, aquela que acontece com as formas. Então, geralmente, começo a mandala achando que aquelas cores vão destacar dependendo da cor da parede e, mais pra frente acabo usando uma outra forma de tecer que trás uma nova cor para o fundo e o preenche, ou cria alguns desenhos, então fico maravilhada ao ver a mandala se redesenhar a cada instante.
E nesses mesmos momentos em que penso que a cor ou a forma podem não combinar confio nessa energia da entrega e me permito usá-las mesmo achando que não vão dar certo. Até hoje todas as mandalas que fiz ficaram lindas, mesmo eu caprichando na “ousadia” (hahahahahaha). E isso acaba por me abastecer, também, com a energia da confiança. Ou seja, essa magia movimentada pelas mandalas tem sido, pra mim, maravilhosa! Estou amando!
Trabalhar com mandalas dá um forte centralmente sim, na mente! É um treino mental muito bom!
Abraços,
Lea Beatriz seu acervo pessoal é de uma beleza e harmonia, belas mandalas. Tecer uma mandala mesmo sendo a mais simples nos traz uma sensação de calmaria e harmonia corpo e mente. Saudações de Kalimera Disciplina Alecrim Dourado.