O ano de 2020 foi regido pelo Sol que, junto com a dança do grande encontro de Júpiter, Saturno e Plutão em Capricórnio, tornou mais acessível vivências que levassem as pessoas a entenderem um pouco melhor sobre si mesmas, sobre seus limites, sobre suas qualidades e “defeitos” e sobre o seu poder de superação. Agora, nesse momento em que o distanciamento social ainda se faz necessário, entraremos no ano de 2021 que será regido pelo planeta Vênus, sendo que, na virada do ano, Júpiter e Saturno ainda estarão no signo de Aquário. Na minha forma de ver, será um ano em que teremos oportunidades para aprender um pouco mais sobre os nossos valores, e será bem interessante se abrir para o que é novo e/ou diferente.
Lembro que, para a Astrologia, o ciclo anual se inicia no equinócio de março, quando o Sol entra no signo de Áries recomeçando o seu caminhar no cinturão zodiacal. Mas vou deixar esse assunto para uma outra oportunidade, pois quero trazer uma reflexão que chegou até mim por uma amiga, também astróloga, e que me tocou profundamente e que fala sobre essa mudança da Era de Peixes para a Era de Aquário.
Tenho ouvido muitas pessoas falando sobre a “Era de Aquário” e estarmos nesse momento de usar as facilidades das ferramentas tecnológicas pra unir pessoas de todos os cantos, que esse é o momento de realmente integrarmos culturalmente a importância da diversidade, valorizar os saberes a partir de suas raízes, valorizar a ciência, vivenciar mais e melhor as construções coletivas, voltar a se conectar com a força das comunidades e tudo isso está relacionado ao signo de Aquário e a essa nova era, esses são assuntos chaves para aqueles que desejam vivenciar essa energia com consciência e são, também, assuntos que já estão ganhando força há algum tempo. No entanto, levando em conta as escalas do Universo e das estrelas, entendo que nada acontece num piscar de olhos, tudo tem um tempo de transformação e de transição, e dentro desse tempo temos vários marcos, como é o caso dessa entrada de Júpiter e Saturno em Aquário no dia do solstício e por isso temos falado tanto. Outro marco será a entrada de Plutão no signo de Aquário, que acontecerá em 2024, logo ali.
Mas estamos muito acostumados a olhar e a buscar os pontos positivos, buscar a luz de cada momento e reconheço que isso é importantíssimo, no entanto, não podemos deixar de olhar as sombras, pois muitas vezes o maior crescimento está em sair da zona de conforto, em olhar o lado sombrio, olhar os defeitos, os comportamentos inadequados, invasivos, se reconhecer no papel de opressor e tantas outras formas que o lado “negativo” ou o lado “sombra” se expressam. E, a partir desse reconhecimento, é possível trazer a luz, transformar em algo construtivo ou menos ofensivo, menos ilusório. Então, nessa proposta de integrar luz e sombra, convido-os a refletir sobre quais aprendizados você está trazendo da “Era de Peixes”?
Peixes é um signo relacionado à imensidão, ao infinito e, portanto, não comporta as algumas definições de forma clara, pode ser que a sombra e a luz se misturem e dancem de acordo com suas experiências pessoas e, por isso, vou trazer aqui alguns elementos que podem ser relacionados à “Era de Peixes” para facilitar suas reflexões a respeito do aprendizado. A fuga da realidade é uma das belezas relacionadas a Peixes, a fantasia, o encantamento, o embriagar-se. Para Peixes, não existe o “certo” e o “errado”, existe a compaixão e a empatia, a sabedoria de que nada acontece por acaso, está tudo de acordo com a guiança maior e universal. O iludir e o deixar-se enganar, também são situações relacionadas a este signo que muitas vezes pode se desdobrar em outras situações, como se vitimizar, assumir o lugar de vítima de forma a perder a sua força de ação. A fantasia exagerada, que distorce a realidade permitindo que os olhos enxerguem com esperança e otimismo para uma mentira, acreditando ser uma verdade. A confiança de que o acaso está sempre certo, a fé de que tudo o que acontece tem uma razão maior e é para um bem maior ou quando tiramos das costas alguma responsabilidade que, a princípio, era nossa, mas que agora está entregue, está nas mãos da força suprema, com a qual ninguém pode competir. E aqui não quero trazer nenhum julgamento, pois acredito na liberdade que temos pra enxergar o mundo a partir de nossas próprias vivências e crenças. Pode ser mais fácil reconhecer quando há um exagero, um fanatismo religioso, mas na maior parte das vezes, Peixes se encarrega de não permitir que a situação seja enxergada com clareza. Na energia de Peixes, não existe culpa, as coisas e situações apenas são. O quanto você consegue identificar dos seus aprendizados de luz e sombra nesses contextos? Esses aprendizados, não param agora, ainda estão presentes na rotina, na cultura, nas histórias, nos comportamentos e por aí a diante. Ainda há muito a se aprender, muito a ser trazido à luz da consciência, muito a se explorar desses encantos de Peixes.
Quanto maior o aprendizado, maior o salto. Então, vamos para a “Era de Aquário”, com o poder de inovação, com o futuro em nossas mãos. A valorização da sabedoria, da diversidade, da comunidade, da ciência e da tecnologia. Aquário também tem sua luz e sua sombra, quando permitimos que a máquina ou os robôs tenham um valor maior que o humano, por exemplo. Essa Era começa a trazer a importância do despertar-se para o seu potencial criativo e para tudo aquilo que você faz de forma única, deixe o repetitivo, o programável e o comum para as máquinas. Esse momento em que muito do contato humano está sendo substituído pelas telas brilhantes, jogos superinteressantes e personagens imaginários nos fala sobre essa “Era de Aquário”, ambientes virtuais incríveis, que nos permitem ações impensáveis na convivência real, como calar todos as pessoas que participam de uma reunião, excluir amizades, estar em todos os lugares do mundo ao mesmo tempo, partilhar momentos especiais com o mundo e, a partir disso, poder inspirar pessoas que nunca sonhou em conhecer, ter acesso a todos os brinquedos do mundo, atualizações que acontecem a todo instante, não é permitido que se fique para trás. Quanto a aprender! Quanto a experimentar! Pronto ou não, o tempo chegou e nós estamos aqui, com esse presente de poder vivenciar tudo isso. Vivenciar e atuar.
Desejo a vocês um 2021 surpreendente, cheio de aprendizados, de achados e experiências. Que tenhamos capacidade para lidar com nossa luz e nossa sombra, que tenhamos ousadia para sair de nossas zonas de conforto e dar um ou vários passos na direção de um crescimento pessoal especial e libertador, que tenhamos força para ir em busca de nosso caminho único, luminoso e extraordinário.
A Lua é um dos astros que mais influencia a nossa vida. Por estar muito próxima a Terra, conseguimos ver com clareza suas formas, seus desenhos, acompanhar seus ciclos e sentir diariamente sua presença.
Atualmente tenho enfrentado um desafio junto com minha filha que é o momento de “adaptação” à escola. As aulas na nova escola começaram em fevereiro e até hoje essa preciosa criança chora na hora de deixar a mãe e ficar nesse novo ambiente, tem dia que fica 30 minutos chorando depois de eu já ter saído, tem dia que chora só 5 minutos, tem dia que se prega em mim que é difícil desgrudá-la, as vezes vai com as professoras, às vezes só se alguém ajudar segurando (!!!). Já conversei algumas vezes na escola e troco muitas informações com a professora, que eu já conhecia e adoro, e estamos todos atentos e mobilizados para facilitar a superação desse desafio, mas confesso que precisei muito do apoio de muitas pessoas e que esses exercícios para reconquistar o centramento estão sendo maravilhosos.
Isso porque, como escolhi estar bem presente na vida de meus filhos, acabo tendo que exercitar a paciência, a conversa, os sentimentos e tudo mais dessa forma que é mais intensa. Cheguei ao meu limite muitas vezes e de diversas formas. E, nesse momento em específico, eu encontrei as mandalas e elas têm sido uma bênção pra mim.
Quando estou abalada, minha cabeça fica bem confusa e acabo não conseguindo nem organizar os pensamentos para agir, o que é um problema, pois, como também escolhi um trabalho que depende principalmente de mim, tenho que me automotivar para conseguir guiá-lo e realizá-lo. Então, nesses momentos de confusão mental pego uma mandala e começo a trabalhar nela. Se está no começo vou pensando como quero o centro, que energia preciso internamente para dar força ao restante.
Para começar a mandala, faço, primeiro 2 centros, chamados “Olhos de Deus”, que são iguais à “Cruz de Brigidh”, que eu já conhecia. E ao fazê-los temos que estar atentas ao formato e à pressão usada, pois durante toda a construção da mandala as linhas giram em torno do centro e vão pressionando ele. Então percebo que durante toda a mandala essa energia de centramento e de foco é trabalhada.
Depois de feito o centro, uno as cruzes e, nesse trabalho de união e apoio mútuo posso escolher novas cores para fortalecer a energia que escolhi para o centro ou já começar a me relacionar com a energia da ousadia. No início também exercitava, nesse momento, a energia da paciência, porque as mandalas escorregavam e eu acabava tendo que desmanchar várias vezes pra uni-las de forma harmônica e aceitável. :))
O contato com a ousadia surge de repente, porque é fácil pra mim usar as cores que eu já sei que combinam, mas o que tem acontecido muito é que outras linhas nos chamam e aí a ousadia acontece. Além da ousadia que acontece com as cores, há, também, aquela que acontece com as formas. Então, geralmente, começo a mandala achando que aquelas cores vão destacar dependendo da cor da parede e, mais pra frente acabo usando uma outra forma de tecer que trás uma nova cor para o fundo e o preenche, ou cria alguns desenhos, então fico maravilhada ao ver a mandala se redesenhar a cada instante.
E nesses mesmos momentos em que penso que a cor ou a forma podem não combinar confio nessa energia da entrega e me permito usá-las mesmo achando que não vão dar certo. Até hoje todas as mandalas que fiz ficaram lindas, mesmo eu caprichando na “ousadia” (hahahahahaha). E isso acaba por me abastecer, também, com a energia da confiança. Ou seja, essa magia movimentada pelas mandalas tem sido, pra mim, maravilhosa! Estou amando!